BPMN para Gestores: ler (e exigir) bons diagramas

Diagramas BPMN não são “arte”; são contratos operacionais. Um bom diagrama reduz interpretações, encurta formação e acelera melhorias.

5 elementos que um gestor deve reconhecer

  1. Eventos (círculos): início, fim, mensagens, temporizadores.
  2. Tarefas (retângulos com cantos arredondados): trabalho “atómico”.
  3. Gateways (losangos): decisões/ramificações (exclusive, paralelo).
  4. Lanes/Pools: quem faz o quê (equipas, sistemas).
  5. Artefactos: dados/documentos anexos (opcional, mas útil).

Checklist rápido de qualidade

  • O diagrama tem apenas um início claro e um fim por cenário?
  • Cada gateway tem nome + condição legível?
  • As tarefas humanas indicam SLA ou políticas de prioridade?
  • Exceções (erros, timeouts) estão modeladas ou ficam “na cabeça” da equipa?
  • Existe versão e data do modelo?

Anti-padrões comuns

  • “Spaghetti”: linhas cruzadas, sem pools/lanes.
  • Gateways sem rótulos (“Sim/Não” ambíguos).
  • “Mega Tarefas”: caixotes que escondem 7 passos.

Como exigir bons diagramas

  • Pedir níveis: visão 10-mil pés e detalhe por subprocesso.
  • Aprovar por walkthrough com a equipa que executa.
  • Congelar versão e manter histórico (Git/Confluence/Drive).

Conclusão: Ler BPMN é competência de gestão. Exigir modelos limpos paga-se em menos retrabalho e melhor onboarding.

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